Os meniscos são estruturas em forma de “C” compostas por fibrocartilagem (um tipo de cartilagem) que estão localizadas entre o fêmur (osso da coxa) e a tíbia (maior osso da perna). 
Cada joelho apresenta dois meniscos: um menisco medial (também conhecido como menisco interno, por ser localizado na parte interna do joelho) e o menisco lateral (também conhecido como menisco externo).
Apresentam algumas funções, sendo a principal a absorção de impacto que ocorre no contato entre o fêmur e a tíbia; porém, eles também colaboram com o aumento da estabilidade articular e com a nutrição da cartilagem de revestimento das superfícies desses ossos.
Tanto o menisco medial quanto o menisco lateral apresentam aspectos gerais semelhantes e se dividem em três porções: uma anterior (também chamada de corno anterior), uma posterior (ou corno posterior) e uma parte localizada entre essas duas (o corpo do menisco).
Apesar dessas semelhanças, existem algumas diferenças entre os meniscos lateral e medial:

1 – O menisco medial é mais aderido à tíbia que o menisco lateral, o que o predispõe mais a lesões; 
2 – Lesões do menisco lateral, quando ocorrem, geralmente têm pior prognóstico que aquelas que acometem o menisco medial;
3 – O menisco lateral cobre proporcionalmente uma área maior (50-70%) do que o menisco medial (30-50%), fazendo com que a resseção do primeiro seja mais danosa;
Quando o paciente apresenta uma lesão meniscal, inicialmente apresenta-se com dor no joelho; Com a descrição das características da dor e um adequado exame físico, pode-se normalmente levantar a hipótese de uma lesão meniscal.
Após o exame físico, deve-se solicitar uma Ressonância Magnética, que é sem dúvida o melhor exame de imagem para diagnóstico, com acurácia que pode chegar perto dos 100% em alguns casos.
Feito o diagnóstico, indica-se o tratamento. Este, por sua vez, apresenta-se com várias modalidades, que vão depender de vários fatores, como: idade, o nível de atividade e o peso do paciente; presença de outras lesões no joelho, como as lesões da cartilagem ou de ligamentos; localização da lesão no menisco; presença ou não de deformidades nos membros inferiores.
Dependendo de uma associação de fatores como os citados anteriormente, o tratamento é definido, podendo ser:
O tratamento não-cirúrgico (ou tratamento clínico) normalmente é instituído já na fase aguda, tomando inicialmente algumas medidas, como: aplicação de compressas de gelo, uso de anti-inflamátorios não-esteroidais (Exemplos: dicoflenaco, ibuprofeno, cetoprofeno, nimesulida, dentre outros) e repouso. Essas medidas visam reduzir o processo inflamatório e, portanto, a dor.
Posteriormente, o paciente é reavaliado. Não havendo melhora, o tratamento cirúrgico pode estar indicado.
O tratamento cirúrgico é indicado na falha do tratamento clínico ou quando a lesão ocorre em associação a outras lesões do joelho, principalmente a do ligamento cruzado anterior (LCA). Sempre que possível, deve-se suturar o menisco (dar pontos ou costurar); mas muitas vezes, isso não é possível, tendo-se como única opção a ressecção, total ou parcial, do menisco lesado.
 
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