O ligamento cruzado anterior (LCA) é um dos principais ligamentos responsáveis pela estabilidade da articulação do joelho. Normalmente as lesões no LCA ocorrem quando o paciente ou atleta sofre uma entorse no joelho, sendo mais comuns na prática de esportes que exigem mudanças rápidas de direção (como futebol, basquete e algumas artes marciais), podendo fazer o paciente abandonar de imediato a atividade que estiver realizando. É frequente o inchaço repentino, fazendo o paciente/atleta abandonar o campo, quadra ou tatame.
 
Toda pessoa que sofre uma entorse de joelho deve ser suspeitar de uma lesão do LCA. Sendo assim, o joelho acometido deve imediatamente ser envolvido em uma compressa de gelo por 20-30 minutos e, em seguida, imobilizado, de preferência com órteses, já que essas possibilitam a alternância entre repouso e crioterapia, principalmente nas primeiras 24-48 horas.
Outras medidas adicionais devem ser tomas nessa fase aguda, logo aos o entorse, sendo a principal a administração de anti-inflamátorios não-esteroidais via oral (exemplos: diclofenado, ibuprofeno, cetoprofeno, nimesulida, dentre outros), caso o paciente não apresente nenhuma contra-indicação para seu uso.
Passada a fase mais dolorosa, deve-se reavaliar o paciente e iniciar um protocolo de fisioterapia personalizado.
 
O diagnóstico é feito baseado na história clínica (mecanismo de trauma e queixa do paciente), seguida do exame físico.
 
Na história clínica o paciente esclarecerá como ocorreu o trauma torcional e como evoluiu após (se apresentou dor e inchaço; se teve sensação de falseio, se conseguiu andar).
 
No exame físico, o ortopedista irá avaliar quais as repercussões decorrentes do trauma: possibilidade de outras lesões associadas (meniscos, outros ligamentos, fraturas…), lesões em outros locais no mesmo membro, desvio de eixo (o membro acometido fica “torto”, em especial nas lesões crônicas ou com longo período de evolução).
Após o exame físico, o ortopedista solicita alguns exames de imagem, sendo a ressonância magnética o melhor para o diagnóstico de lesão do LCA.

Constatada a lesão, pode-se indicar duas modalidades de tratamento. Nos pacientes que apresentam baixa realizam movimentos de mudança repentina de direção ou movimento em pivô (como futebol, basquete e algumas artes marciais), pode-se inicialmente optar pelo tratamento não-cirúrgico, com fisioterapia, tendo especial foco a melhora da dor e fortalecimento muscular, principalmente do grupamento posterior (de trás) da coxa.
Já naqueles pacientes jovens e ativos, o tratamento cirúrgico costuma ser a melhor escolha. Para estes, o tratamento cirúrgico, chamado de reconstrução do ligamento cruzado anterior, é feita de maneira minimamente invasiva (com pequenas incisões ou cortes na pele), possibilitando geralmente alta hospitalar em no máximo 24 horas.
 
Após a cirurgia, o paciente já inicia um protocolo de fisioterapia personalizada que vai depender de alguns fatores como: nível da dor (geralmente a dor é leve no pós-operatório), se outras lesões foram tratadas no mesmo ato cirúrgico, qual o tipo de enxerto utilizado (estrutura retirada de outro lugar do corpo, geralmente um tendão ou parte dele).
 
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